domingo, 8 de agosto de 2010

Proletários de todos os países, uni-vos!

O Famoso título acima encerra a grandiosa obra de Karl Marx e Friedrich Engels: O Manifesto do Partido Comunista. A idéia fundamental do Manifesto, ou seja: que a produção econômica e a estrutura social determinada fatalmente por ela constituem o fundamento da história política e intelectual de uma época histórica dada; que, por conseguinte, toda a história, desde a desagregação da comunidade rural primitiva, tem sido a história da luta de classes, ou seja, da luta entre explorados e exploradores, entre as classes oprimidas e as dominantes, nas distintas etapas da evolução social; que essa luta chegou agora a um grau em que a classe explorada e oprimida ( o proletariado) não pode liberar-se da autoridade da classe que a oprime e explora ( a burguesia) sem libertar, ao mesmo tempo e para sempre, toda a sociedade da exploração, da opressão e da luta de classes.
Como vimos, a história de todas as sociedades que existiram até hoje tem sido a história das luta de classes, homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora aberta, ora disfarçada: uma guerra que sempre terminou ou por uma transformação
revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das duas classes em luta.O que criou-se e isto é nítido é a divisão de classes, a sociedade divide-se cada vez mais em dois campos opostos, em duas classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado. A burguesia transformou todos os valores, todas as características que fazia da sociedade um complexo de heterogeneidade em um progresso para a homogeneidade composta apenas pelas relações de comércio.
Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca; substituiu as numerosas liberdades, conquistadas com tanto esforço, pela unica e implacável liberdade de comércio. Em uma palavra, em lugar da exploração velada por ilusões religiosas e políticas, colocou uma exploração aberta, cínica, direta e brutal. A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias, suprimindo cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou as populações, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A burguesia, porém não forjou somente as armas que lhe trarão a morte; produziu também os homens que manejarão essas armas -  os operários modernos, os proletários. A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos de particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado. Este baseia-se exclusivamente na concorrência dos operários entre si.
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Fonte: MARX, Karl, 1818-1883. Manifesto do partido comunista/ Marx, Engels - 10. ed. Rev. - São Paulo: Global, 2006.

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